domingo, 17 de fevereiro de 2013

#14 critica: Caça aos Gangsteres

Time de heróis num mundo bizarro.

Queria gostar desse filme. Vou ser honesto, havia me encantado por ele quando vi seu trailer lançado pela Warner ano passado. Mas o resultado é um dos piores filmes que estão em cartaz (isso se não houvesse João e Maria). O roteiro de Will Beall e Paul Lieberman (o primeiro sujeito é um dos que vem cuidando do roteiro da promessa da Warner, o filme da Liga da Justiça) é pavoroso. Assustador no sentido mais inacreditável possível  Ora me parece uma espécie de filme B mal feito. A direção de Ruben Fleischer (Zumbilândia, 50 minutos ou menos) não ajuda em nada e todo o resultado soa esquematizado. Os personagens são um puro esteriótipo de tudo o que já se viu em filmes mal feitos. O velho conto do bom e mal pitoresco. Por que diria isso? Baseado numa historia verídica  após perceber que Los Angeles vivia sob o comando de um gangster chamado Mickey Cohen, - interpretado pelo ator Sean Penn que aqui faz um misto grotesco de vilão de Dick Tracy com um medonho senso de humor, suas gags e referencias a Scarface que o roteiro rouba descaradamente, além do modo como é explorada sua vida de boxeador -, o chefe do departamento de segurança Bill Paker (Nick Nolte) observa no sargento John O'Mara (Josh Brolin) a perfeita representação do homem justo que podia enfraquecer nos setores vitais a operação de desenvolvimento da quadrilha de gangsteres liderado por Cohen. Para isso forma uma quadrilha de policiais para encarar o vilão. Não espere algo como em Os Intocáveis  onde Brian De Palma criou um clima e uma composição bem feita dos integrantes dessa equipe. Só digo que é dantesco. Cada integrante tem uma habilidade. Um é bom atirador, outro é bom com facas. Há um jovem e seu mentor. Em A Liga Extraordinária (2003), filme adaptado do novel de Alan Moore, que foi linchado na época, e com razão porque sofria das mesmas gags horrendas, mas quer saber fazia sentido. Nada demais, porém até que funcionava no roteiro. O filme de Fleischer é decepcionante e não empolga nem um pouco, pelo contrario. É previsível e chato. Nem tenho palavras para dizer o quanto ruim é a história, mas o filme não é só malhação  A direção de arte e reconstituição de época é de saltar os olhos. Os figurinos e até a interpretação dos atores que ali no filme pareciam vivenciar a história, fazem o seu máximo. O problema é nos convencer de um embate tão cartunistico, enfadonho. Vi esse filme por gostar dos atores e do visual que o trailer me passou. Ryan Gosling, que faz o sargento Jerry Wooters é um dos meus atores favoritos (se não o mais), aqui com a Emma Stone, me faria pensar, oh Deus, depois de Crazy, Stupid, Love (2011), de toda aquela química sensacional que gostei tanto aqui vai se repetir. Não. Talvez nuns segundos do filme, mas passa. Desperdício de tantos talentosos atores numa droga como essa. Me perdoe o tom, mas fujam. Pulem cercas, corram pelo gramado se virem esse filme passando. E os diálogos  Me esqueci de uns, mas gostaria de lembra-los para pô-los aqui. Não deu para fazer uma gracinha com esse texto, a fim de rirmos um pouco solitários na leitura desse texto, sobre esse filme. Deixa pra lá.

A proposito havia uma cena sensacional em que alguém entrava num cinema em meio a uma sessão e atirava em todos. Achei no trailer icônica  porém foi retirada do filme, devido aos atentados que ocorreram ano passado em sessões de cinema nos EUA. Nem importa muito, já que o filme é de uma violência desnecessária em certos momentos e nem uma cena com uma Carmem Miranda cantando num clube tornam  o simpático. Uma pena. Tempo jogado fora.

Aff...

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