sexta-feira, 2 de agosto de 2013

#20 Man Of Steel (O Homem de Aço)

Voando nas bilheterias: o Homem de Aço bateu recordes históricos no mês de Junho, quando estreou nos EUA.


Muito do que a DC Comics fez no passado por seus filmes, piorneira no trato a história com super herois no cinema, trazendo aqui Batman e Superman em tempos onde a fantasia dava seus primeiros passos na tela grande. Após resultados pifios e seguidos, parece que acionaram o botão vermelho e boa parte das produções da empresa de quadrinhos na gigante Warner, detentora dos direitos dos personagens para a sétima arte encontraram o lugar sombrio da gaveta. Creio que a baixa repercussão dos ultimos filmes com Christopher Reeve que parou no quarto e do Batman que amargou uma produção pifia foi o estopim para que não se falasse com tamanha urgencia numa reutilização do material vasto ali reservado, já que só foram usados dois herois.

Graças ao surgimento de uma poderosa Marvel nos cinemas em 2000 com X-Men (há quem prefira buscar o ponto de partida da empresa de Stan Lee nos cinemas a partir de Blade, mas não era um grande personagem ali representado), que sentiu-se o risco iminente da DC, tão pioneira sentir o baque de ser deixada para trás. E o que de fato ocorreu, e deixou paralisada a dobradinha Warner/DC. É só vermos o seu apice em Os Vingadores, enquanto a concorrencia só tinha Batman nos cinemas, graças ao empenho unico feito por Christopher Nolan, diretor de filmes de suspense alçado a primeira linha do cinema graças a Batman Begins, o ressurgimento do morcego após o fiasco de 1999.

Enfim, tentaram modernizar o homem de aço em 2006 com Superman Returns, só que o que o roteiro pregava era justamente trazer um heroi antiquado as telas. O novo Superman que estréia agora nesse ano, o sombrio O Homem de Aço parte de uma nova aproximação. Agora toda mitologia do heroi volta-se ao passado para trazer um personagem mais humano, mais sentimental e despreparado. O antigo era um personagem semelhante ao nostálgico interpretado por Reeve, um Deus e sem muito aprofundamento. Era aquilo que conhecemos. O novo quer mudar para não cair no metodico e consegue. É uma coisa menos frivola e obvia para nós cançados da repetição, repetição essa que acaba aqui tendo seu momento como na volta as origens tão conhecidas, só que até mesmo ai temos uma visão in loco de como Kripton foi destruida, o pai Jor-El (Russell Crowe) e sua mãe lutando pela vida de Kal-El bebê.

Snyder passando os procedimentos para o ator Henry Cavill

Um vilão maior que a vida: Shannon empresta uma caracterização impecável.

Até a metade do filme temos um filme barbaro, mas o diretor Zack Snyder, conhecido por suas outras adaptações DC, como a de 300 e Watchmen, traz uma segunda metade sem ritmo e descompassada. Não temos a ideia de como certas coisas acontecem. Amy Adams é uma Lois Lane apatica e pouco se tem aqui para um certo romance, como em Batman de Nolan, que por aqui assina a produção executiva apenas e o roteiro aqui e acolá, imagino eu na sombria primeira parte, da destruição e formação do heroi. Kevin Costner e Diane Lane estão incriveis nos papéis dos fazendeiros de Smallville que adotam o pequeno alienígena/humano. A trupe do jornal diario decepciona muito pelo roteiro que não ajuda do que pelos atores encabeçado pelo chefe, agora interpretado por Laurence Fishburne.

O ator que faz agora o heroi, o masculo Henry Cavill é um dos melhores atores na minha opinião que já usaram a roupa com S. Reeve foi um bom para sua época, mas Cavill me parece mais perfeito para a nossa, com um cabelo sem aquela mecha caida no rosto, sem a ingenuidade chata as vezes, de um mundo em que os EUA não representam o bem supremo, onde é bom as vezes ser um pouco mais real e conectado com a nossa realidade. O vilão barbaro interpretado por Michael Shannon, o imponente General Zod traz um alivio depois de tantas vezes termos visto apenas a presença do Lex Luthor sempre como um alter ego infinito e assim sendo metodico e chato, pela repetição excessiva. O rei do crime nas histórias do Homem Aranha não tem que ser um personagem eterno senhores roteiristas, assim como não tem de ser o careca Luthor.



O resultado traz pouco daquilo que parece ser, mas é um bom ponto de partida para as pretenções da pioneira DC de voltar a dominar o mundo dos quadrinhos no cinema. Já está em andamento as filmagens da continuação de Superman, agora com a adição do Batman no enredo parece ser a forma encontrada de superar uma tão dominante Marvel nos cinemas, enquanto prepara terreno para um sonho maior, fazer a contrapartida do sucesso de Os Vingadores, com a criação de um filme da Liga da Justiça. Até lá os dos dois lados vão se aperfeiçoar e trazer novas histórias. Minha disposição em conferi-los estão aqui, podem traze-los.

Soco na câmera: Um Cavill que se mostrou perfeito para usar o uniforme.

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